Iniciativa promovida com apoio da Prefeitura de Ilhéus, a 1ª Convenção Regional ‘Mais Mulheres no Poder’ reuniu cerca de 400 pessoas na última quinta-feira (11), na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). O evento chega para fortalecer as ações, com foco na participação feminina em posição de liderança.
Conforme
Ludimila Vieira, líder do Comitê de Políticas Públicas do Núcleo de
Itabuna, vinculado ao Grupo Mulheres do Brasil, é necessário que a sociedade se
mobilize para inserir as mulheres em postos de direção, tanto no setor
público quanto na esfera privada.
“O
Grupo Mulheres do Brasil trouxe essa convenção a fim de que possamos refletir e
angariar ferramentas para assumirmos o protagonismo de nossas vidas em todos os
âmbitos, principalmente em relação aos lugares onde as lideranças são formadas
e as decisões da nossa sociedade são adotadas”, explicou.
Dividida
em dois ciclos, a programação contou com palestras de grandes nomes, entre eles
Gabriela Prioli, advogada, professora, comentarista política e apresentadora na
CNN Brasil. A convenção recepcionou grupos de mulheres dos municípios de
Itacaré, Itabuna, Itapetinga, Ibicaraí e Buerarema.
“Evento
que agrega muito conhecimento. Gostaria de agradecer a todas as mulheres
envolvidas neste projeto enriquecedor e convidar mais mulheres para caminhar
conosco”, comentou Miquelle Reis. No espaço montado no auditório Paulo Souto,
microempreendedoras da região puderam comercializar seus produtos, com venda de
artesanato, alimentos e peças de vestuário.
Por
que representatividade importa?
Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 15
anos, a participação feminina em cargos de alta gestão subiu somente 10 pontos.
De 19% em 2004 para 29% em 2020, mantendo-se no mesmo patamar nos dois últimos
anos.
Além
disso, os números mostram que as mulheres ocupam 16% das cadeiras nas Câmaras
de Vereadores, 15% das Assembleias Estaduais, 15% na Câmara, e 13% no Senado.
No Poder Executivo, 12% são prefeitas e 3,7% governadoras. Na disputa
presidencial, há somente uma mulher entre os pré-candidatos.
Os
percentuais são muito inferiores aos das principais nações sul americanas, bem
como dos países desenvolvidos. A presença feminina no topo da pirâmide propõe
mudança nas estruturas sociais, transpondo o objetivo somente rentável e
imprimindo a percepção de valor pela sociedade do papel desempenhado pelas
mulheres, levando em conta as pessoas com as quais elas se identificam e se
sentem representadas.
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